Em 1558, Giovanni Battista della Porta publicou Magia Natural. Numa das várias edições da obra, descrevia uma camera obscura, dotada de uma lente convexa, e afirmava a sua utilidade para o desenho e os artistas que quisessem fazer representações realistas pela perspectiva central.
Ainda hoje dizemos, no sentido de um fenómeno extraordinário, «isso é magia», ou usamos a palavra «charme», que nos veio por via francesa, do latim carmen, e que tinha o sentido inicial de «fórmula mágica» e, por metonímia, de «poder mágico», ou por extensão, de «objecto mágico», aquilo que encanta, enfeitiça, ilude, fascina, exerce uma acção mágica.